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Imagem gerada por IA Canva |
Nesta terça-feira
(25), veículos de imprensa do segmento evangélico noticiaram que igrejas
evangélicas favorecem a empregabilidade no Brasil. As matérias se baseiam no
estudo realizado Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado no
portal da instituição, em junho de 2022.
No estudo,
pesquisadores apontam que o ambiente evangélico amplia as relações dos fiéis,
proporcionando trocas de informações que podem resultar em colocação ou
recolocação deles no mercado de trabalho. Além disso, a credibilidade e a imagem
associada a honestidade dos evangélicos favorecem a contratação no momento de seleção.
Esse movimento, certamente, é efeito do crescimento do número de evangélicos,
como apontam dados do IBGE 2010/2022.
Outro ponto do
estudo que deve ser considerado está no empreendedorismo e na ascensão de
evangélicos aos cargos estratégicos nas empresas de diferentes setores. De acordo com os pesquisadores, o Brasil está
passando pela “descatolização” e aponta que população evangélica será maioria a
partir de 2030. Diante disso, é notório que ocorrerá grande transferência de
valores no campo empresarial, ou seja, grandes empresas estarão sob controle dos
evangélicos.
E não podemos
pensar apenas no campo empresarial, ultimamente tem sido recorrente a
preocupação de determinados espectros políticos com o poder dos evangélicos de
decidirem eleições no Brasil. De olho nisso, o Partido dos Trabalhadores (PT) e
outros do mesmo espectro tentam dialogar com esse segmento demonstrando a força
adquirida pelo setor. Isso fica ainda mais claro quando averiguamos o número de
evangélicos em evidência nos esportes, política, educação, imprensa, indústria
e por aí vai.
Entretanto, se compararmos
os objetivos dos missionários escandinavos com os dos atuais protagonistas constataremos
o tamanho da mudança. Se no início do século XX, os pentecostais se afastaram
da política, educação e de outras áreas por causa do discurso escatológico,
agora, em 2025, mesmo crendo na escatologia da mesma forma, há um movimento
gigantesco assembleiano em direção aos diferentes setores da sociedade. Nisso
me incluo.
O saudoso
Pastor Morris Cerullo já pregava isso antes de morrer. Em seu livro “A Última Grande
Transferência de Riqueza”,partindo de eventos registrados na Bíblia, em que o
povo de Deus passou a administrar riquezas existentes, enxergava essa transformação
social, política e financeira. Em resumo, ele disse que a riqueza que estava
nas mãos dos ímpios será transferida para as mãos do crente porque os ímpios se
converterão, e os crentes ascenderão ao poder.
O fato é que o
crescimento da população evangélica no Brasil afetará todos os setores da
sociedade e resultará em maior colocação dos evangélicos nos principais postos
de trabalho. Resta saber se o Brasil viverá o que Weber observou em seu estudo
denominado “Ética Protestante o Espírito Capitalista”: pessoas terão que se
converter para serem contratadas pelas empresas? Sei lá!
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